"Todas as hostilidades cessarão em toda a frente às 11h do dia 11 de novembro (hora francesa)."
Essa foi a ordem do General francês Ferdinand Foch às tropas Aliadas, depois de assinar junto ao representante alemão Matthias Erzberger, o Armistício que colocou fim aos confrontos entre os beligerantes da Grande Guerra, em novembro de 1918.
"Quando esse momento chegou (a décima primeira hora do décimo primeiro dia do décimo primeiro mês), cessaram todos os combates na frente ocidental. O Kaiser... já estava no solo neutro da Holanda" (GILBERT, 2017, p. 632).
Como consequência, no ano seguinte foi elaborado o Tratado de Versalhes para formalizar oficialmente a paz entre as nações que guerrearam na I Guerra Mundial. A Alemanha foi a principal responsabilizada pelo conflito e sofreu várias penas decorrentes disso. Isso trouxe uma instabilidade enorme no país e a deixou em uma situação muito vulnerável. Olhe a citação a seguir:
"Antes da I Guerra Mundial, a taxa de câmbio era de 4,2 marcos alemães para um dólar. Com o peso da inflação, tornaram-se necessários 4,2 trilhões de marcos para igualar um dólar" (JORDAN, 2008, p. 10).
Talvez você já se perguntou como a Alemanha acreditou em Adolf Hitler e permitiu sua ascensão ao poder. Mas você já tinha se dado conta que a população queimava dinheiro como lenha nesse período para não gastar madeira? Veja o tamanho da inflação na citação anterior e imagine a situação do país no pós I Guerra. Terreno fértil para o fortalecimento de ideias radicais.
Fonte:
JORDAN, David e WIEST, Andrew. Atlas da II Guerra Mundial. São Paulo: Editora Escala, 2008.
GILBERT, Martin. A Primeira Guerra Mundial: Os 1.590 dias que transformaram o mundo. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2017.